Governo do Distrito Federal
6/10/17 às 15h43 - Atualizado em 16/05/19 às 15h43

O mundo precisa de mais jacarés

Os jacarés e seus parentes próximos, os crocodilos e os gaviais, estão entre os animais vertebrados mais antigos da Terra. O registro fóssil nos mostra que os primeiros ancestrais desse grupo, denominado “crocodilianos”, surgiram há 250 milhões de anos, durante o início do período Triássico, época em que o reinado dos dinossauros sob o planeta começava.

 

Existem oito espécies de jacaré conhecidas atualmente e, com exceção do aligátor-chinês (Alligator sinensis), todas ocorrem nas Américas. No Brasil, as seis espécies nativas apresentam um tamanho que varia desde o enorme jacaré-açu (Melanosuchus niger), com seus quase seis metros de comprimento, até o pequeno jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus), que não ultrapassa 1,4 metro. Intensamente caçados no passado por sua pele, os jacarés quase desapareceram de várias regiões do país. Por exemplo, apenas na Amazônia brasileira, mais de quatro milhões de jacarés-açu foram abatidos até 1969.

 

O Zoológico de Brasília cuida de nove jacarés das espécies Pantanal (Caiman yacare), papo-amarelo (Caiman latirostris) e tinga (Caiman crocodilus), tendo sido a maioria deles resgatados em operações realizadas por órgãos ambientais. A fêmea de jacaré-do-papo-amarelo, apelidada de “Princesa Cuca”, é um desses casos. Vítima de maus-tratos e do tráfico de animais, ela perdeu um dos olhos em função disso e foi levada ao Zoológico para ser tratada e reabilitada. Hoje, está recuperada e mora em um recinto com outros dois jacarés, onde exibe o comportamento natural da espécie de passar longos períodos do tempo parada, regulando a temperatura do corpo por “banhos” de Sol. Isso acontece porque o corpo da “Princesa Cuca” e dos outros répteis têm um consumo de energia bem diferente dos mamíferos.

 

Para se ter uma ideia, os jacarés consomem apenas 10% da energia que nossos corpos precisam para se manter ativos. Se acha esta façanha impressionante, venha conhecê-los pessoalmente e descobrir a história e os cuidados diários que nossa equipe dedica a eles. Além disso, você também poderá ver os jacarés-tinga em estado selvagem que encontraram refúgio nos três lagos do Zoológico, mostrando mais um exemplo de como a instituição atua na proteção de espécies na natureza.

 

É importante lembrar que esses animais são fundamentais para a saúde dos rios, córregos e lagos, pois ajudam a regular as populações de peixes e crustáceos dos quais se alimentam. Ou seja, um mundo com jacarés é um lugar com maior garantia de ecossistemas de água doce saudáveis para todas as espécies, incluindo nós. Se você também deseja um futuro onde esses répteis continuem a nadar e tomar “banhos” de Sol, nos acompanhe nessa missão. Vamos compartilhar pois o mundo precisa de mais #jacarés!

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