Governo do Distrito Federal
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20/07/17 às 10h48 - Atualizado em 16/05/19 às 15h52

O mundo precisa de mais rinocerontes

Existiu um mundo onde mais de 30 espécies de rinoceronte vagavam desde o sul da África até a América do Norte. No entanto, mudanças climáticas e as atividades humanas reduziram seu número a apenas 5 atualmente, sendo três – Índia, Sumatra e Java – no sudeste asiático e duas – branco e negro – no continente africano. Todas estão ameaçadas pela destruição do habitat e a caça ilegal pelos seus chifres, aos quais o folclore chinês atribui poderes curativos e afrodisíacos. O mais estranho e triste nisso tudo é que o chifre dos rinocerontes é feito de queratina, o mesmo material das nossas unhas, cabelo e dos chifres de boi, e que não possui qualquer ação curativa ou afrodisíaca comprovada. Contudo, a perseguição dos caçadores tem sido tão implacável, que várias populações de rinoceronte já desapareceram e as espécies de Sumatra e Java estão à beira da extinção, com menos de 100 indivíduos sobreviventes. O que aconteceria em um mundo sem rinocerontes? Não haveria apenas uma lacuna na nossa cultura sem estes gigantes icônicos com chifre no nariz, mas um empobrecimento completo na diversidade de formas de vida nas florestas e savanas da África e Ásia. Por serem grandes e terem evoluído em conjunto com estes ecossistemas, esses animais contribuem com a dispersão de sementes e fertilização do solo por suas fezes, escavam depósitos de sal que podem ser usados por outras espécies e seu hábito de revirar o solo para formar poças de lama ajuda na areação do mesmo e fluxo da água. Perder os rinocerontes é o equivalente a perder imensos jardineiros, não deixando ninguém para cuidar das árvores, arbustos e grama. É algo assustador e o Zoológico de Brasília fez de sua missão ajudar a impedir que isso aconteça. Cuidamos com toda atenção e carinho do Thor, um macho de rinoceronte-branco (Ceratotherium simum simum) que foi resgatado de um circo em 2008, e estamos trabalhando com outras instituições no Brasil e exterior para que ele seja pai de um bebê. Nossa equipe dedica 3 dias por semana a treinar o Thor para colaborar com procedimentos de reprodução assistida e coleta de material genético para armazenamento no nosso banco de germoplasma. Isto é extremamente importante para a diversidade genética da espécie e existência de uma população saudável a longo prazo. Ou seja, nossa preocupação não é apenas para que o Thor tenha qualidade de vida e bem-estar, mas para que haja um mundo com rinocerontes no futuro. Se você também quer um mundo com estes animais, venha ao Zoológico de Brasília e conheça o nosso trabalho. Compartilhe conosco dessa missão, pois “O mundo que precisa de mais #rinocerontes

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