O inverno ainda nem chegou, mas a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia é que o frio se intensifique até agosto. Mesmo dentro de casa protegido contra o frio, o brasiliense já consegue sentir as baixas temperaturas ao entardecer. Com os animais do Zoo de Brasília não é diferente. De alimentação mais calórica à cobertores, todo cuidado é pouco para manter o bem-estar dos animais mesmo durante a época mais gelada do ano.
Neste período, diferentes animais pedem cuidados distintos. Aves e mamíferos recebem cama de feno, material que retém calor e mantém os animais aquecidos; filhotes e primatas ganham cobertores; e novas casas construídas de madeira podem ser utilizadas como abrigo pelos bichinhos.
Os répteis são os que mais sentem na época do frio. Classificados como exotérmicos, esses animais dependem de alguma fonte de energia para que o metabolismo não seja afetado pelas baixas temperaturas. O biólogo e diretor de répteis, anfíbios e artrópodes do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega, explica quais são as alternativas para manter a qualidade de vida desses animais.
“Os répteis e os artrópodes são os que mais precisam da nossa intervenção neste período. Nós disponibilizamos aquecedores para que eles consigam manter a temperatura ideal e possam realizar suas atividades normalmente. Também fazemos tocas artificiais para abrigá-los e ajudá-los a reter calor”.
Além do equipamento elétrico, a equipe técnica do Zoológico de Brasília disponibiliza feno, cobertores e até alimentação especial, com uma dieta mais calórica durante o frio. Mas, claro, que não é assim para todos os animais do Zoo. Grandes felinos, por exemplo, toleram melhor as baixas temperaturas e são mais adaptados para esse período natural de inverno.
De acordo com o zootecnista e diretor de nutrição do Zoo, Lucas Carneiro, há animais mais sensíveis que merecem cuidados especiais neste período. “Algumas espécies recebem alterações na dieta porque são consideradas mais necessitadas, que é o caso dos pequenos primatas e das aves, por exemplo”, conta.
Com o frio, as aves tendem a baixar imunidade e, por isso, ficam mais suscetíveis a ficarem doentes. A equipe da Diretoria de Aves tem algumas estratégias para que o frio não atinja as aves mais sensíveis. “A gente coloca barreiras de bambu para cortar o vento naqueles recintos que são menos arborizados, disponibilizamos ninhos e montamos camas de feno tanto nos abrigos quanto no chão. Fazemos essas alterações no recinto para torná-lo um ambiente quentinho e agradável”, defende a diretora de Aves, Ana Cristina de Castro.
Já os mamíferos são animais endotérmicos – o oposto dos répteis –, ou seja, controlam a própria temperatura e, para isso, gastam mais energia corporal. O biólogo e assessor de mamíferos, Mateus de Sousa, explica que complementos na alimentação ajudam na reposição energética das espécies, mas que os animais contam também com outras fontes de calor. “As dietas passam por uma pequena modificação, mas a gente disponibiliza também cobertores e feno para que eles permaneçam aquecidos durante o frio”.
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