O Zoológico de Brasília sediou, entre os dias 29 e 31 de agosto, o II Simpósio de Animais Selvagens (SIMPAS), com o tema “Medicina Preventiva de Zoológicos”. O evento proporcionou uma experiência imersiva para estudantes, pesquisadores e profissionais da área debaterem práticas de saúde, bem-estar e conservação de animais sob manejo humano.

Organizado pelo Grupo de Estudo e Pesquisa de Animais Silvestres da Universidade de Brasília (GEPAS/UnB), em parceria com o Zoológico de Brasília e outras instituições, o simpósio contou com palestras teóricas e atividades de imersão prática no zoológico. Os participantes puderam aprender e trocar experiências nas áreas de mamíferos, répteis, oftalmologia e odontologia veterinária, além de acompanhar de perto procedimentos e rotinas do manejo da fauna silvestre.

A professora Tânia Borges, uma das coordenadoras do GEPAS/UnB e coordenadora de Medicina Veterinária no Zoológico de Brasília, destacou a importância da integração entre ciência, ensino e prática profissional durante o evento. “Neste simpósio pudemos reunir ensino, pesquisa e extensão, que são indissociáveis. Enquanto os estudantes puderam aprender, nós também pudemos compartilhar conhecimentos por meio das pesquisas e do contato com os participantes do evento”, explicou Tânia, que ministrou uma palestra sobre “Biossegurança e controle de doenças infecciosas e parasitárias em Zoológicos”.

Participantes do simpósio durante aprendizado prático de oftalmologia no Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília

Entre as palestras do evento, destacou-se a conduzida por Tatiane Alonso, coordenadora de Alimentação e Nutrição Animal do Zoológico de Brasília, que abordou o tema “Nutrição Preventiva em Animais de Zoológicos”. A palestra de Tatiane abordou a evolução da nutrição de animais silvestres em zoológicos e a importância na nutrição como ferramenta preventiva e promotora de bem-estar animal.

Como explicou Tatiane, a participação dos estudantes no simpósio reforçou o papel do Zoológico de Brasília em promover a educação ambiental e as práticas e aprendizados relacionados ao dia a dia do animal silvestre. “Foi uma troca muito significativa: nós contribuímos com a experiência prática para os participantes do evento e eles puderam contribuir conosco com novos conhecimentos”.

Para Natasha Ayete, aluna do 8º semestre de Medicina Veterinária da UnB e uma das organizadoras do evento, o simpósio cumpriu a missão de popularizar o conhecimento científico. “Há vinte anos, o acesso a informações sobre animais silvestres era muito restrito. Nossa missão enquanto grupo de pesquisa é democratizar esse conteúdo e criar oportunidades de aprendizado na área, o que foi alcançado ao longo do simpósio”.