Governo do Distrito Federal
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10/04/18 às 13h11 - Atualizado em 16/05/19 às 15h31

Justiça nega pedido de interdição do Zoo

A Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) participou de audiência pública nesta segunda-feira (09/04) na qual a Justiça negou o pedido feito por meio de ação popular para fechamento do Zoo. A defesa apresentou informações sobre a segurança no parque e o trabalho técnico conservacionista realizado com a fauna como evidências de que as condições de funcionamento não trazem risco aos animais e aos visitantes.

 

A decisão foi adotada pela Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, após audiência de conciliação entre representantes da Procuradoria-Geral do DF, do Zoo e da Confederação Brasileira de Proteção Animal. A solicitação de proibição de visitas foi indeferida pelo juiz Carlos Frederico Maroja e, dessa forma, a instituição continua funcionando normalmente.

 

O diretor-presidente da FJZB e médico veterinário, Gerson Norberto, garante que o Zoo opera com segurança para o público e para os animais, cumprindo todas exigências da legislação, e explicou que os casos recentes de óbito que foram questionados não estão relacionados.

 

“Estamos devidamente licenciados para operar e, apesar de não ser uma exigência legal, dois processos já foram autuados para ampliação do sistema de câmeras de monitoramento. Apesar disso, óbitos de animais são riscos inerentes da profissão de médico veterinário pois lidamos com vidas selvagens”, disse Norberto. Estão sendo licitadas 160 câmeras, além da instalação de outras 39 que foram doadas pela Receita Federal.

 

Atualmente, mais de mil animais estão sob os cuidados do Zoológico de Brasília, sendo que cerca de 20% são espécimes resgatados por órgãos ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA).

 

Das mortes recentes, o caso do elefante Babu é o único que ainda não foi concluída a investigação da causa do óbito. O Zoo aguarda resultados de exame da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que serão decisivos. Segundo Norberto, “a divulgação da suspeita de intoxicação alimentar foi feita sem a conclusão do laudo para preservar o plantel da instituição no caso de uma ação criminosa”.

 

Já na necropsia da girafa foi identificado um fecaloma (endurecimento de fezes) que causou a torção de uma das alças intestinais do animal. O procedimento cirúrgico contou com a participação do Dr. Caic Saquetti, capitão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e doutor em cirurgia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) com ênfase em cirurgia de grandes animais.

 

No caso do Adax, o animal se prendeu em uma grade do recinto durante manejo realizado para tratamento de uma luxação no membro superior direito. Apesar de ter sido solto imediatamente, um quadro de miopatia agravou o estado de saúde do animal que não aguentou e morreu após 16 horas de tratamento.

 

Todos os setores da Fundação estão operando diariamente atendendo uma média de 400 escolas anualmente e realizando 19 programas de conservação que têm gerado resultados inéditos, como o nascimento de gatos mouriscos e sauins-de-coleira recentemente. O Zoo trabalha com 50 espécies ameaçadas de extinção.

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